terça-feira, 30 de agosto de 2011

Você lê manuais de instrução?


Caro colega concurseiro,

Na última semana criei uma promoção, pela qual sortearei um exemplar do Direito do Trabalho Esquematizado aos amigos do Direito do Trabalho Aprova, do Twitter e do Facebook. As regras estão aqui (a propósito, se você ainda não está participando, ainda pode fazê-lo; o sorteio será no próximo dia 7 de setembro).

As referidas regras para participação na promoção foram criadas com duas finalidades: a) divulgar o livro, é claro; b) fazer uma espécie de “pesquisa de campo” que servisse de pano de fundo para o assunto que será tratado neste artigo.

Com efeito, embora as regras estabelecidas para participação na promoção sejam simples, muitos dos postulantes ao livro simplesmente as ignoraram.  Talvez, como de hábito, a maioria tenha feito uma leitura “na diagonal” e corrido para responder logo...

Então eu te pergunto: você lê manuais de instrução?   Sim, você lê o manual ao comprar um eletrônico novo, um carro novo, etc.?

Sei que a maioria não o faz. Entretanto, deveria fazê-lo. Isso porque o manual te ajuda, no mais das vezes, a extrair o máximo do equipamento. Se você compra, por exemplo, uma câmera fotográfica DSLR, certamente conseguirá tirar algumas fotos “no verdinho” (automático), sem sequer olhar para o manual de instruções. Não obstante, para simplesmente tirar fotos assim você poderia comprar uma câmera compacta automática, por ¼ do preço, ou menos.

Tá bom, e o que tudo isso tem a ver com concursos (?), você deve estar se perguntando...

Tudo a ver.

Qual é o seu desafio em um concurso?

Em primeiro lugar, estudar, planejar e desenvolver uma preparação adequada, organizada e eficiente. Para que o planejamento seja correto, o candidato deve começar pela leitura atenta do manual de instruções do concurso, isto é, do edital. Quem não lê o edital dá a largada com o freio de mão puxado, pois sequer saberá se orientar para um planejamento minimamente viável até a data da prova.

O segundo aspecto é a dica de ouro: você deverá atender aos comandos da banca examinadora!  O enunciado da questão é a regra do jogo,  é o manual de instruções do concurso público (ao lado do edital, que você também deve dominar, repita-se).

Se o examinador te perguntou, por exemplo, quais são os direitos constitucionalmente assegurados aos empregados domésticos, de nada adiantará você saber todos os direitos assegurados pela Lei nº 5.859/1972. 

Assim, é fundamental que o candidato se guie pela regra imposta pela banca, ou seja, pelo enunciado da questão.

Esqueça o famoso “E SE”, pois SE a banca tivesse querendo algo mais além do que está escrito ela teria especificado isso no enunciado da questão ou, na pior das hipóteses, na redação das assertivas. O que não está no enunciado não deve ser levado em conta. Faça o simples!

Isto vale tanto para provas objetivas quanto para discursivas. É muito comum, nestas últimas, o candidato chegar louco para demonstrar o quanto estudou, escrever tudo que lhe vem à cabeça sobre o assunto, e simplesmente se esquecer de responder objetivamente àquilo que o examinador perguntou. Este é, sem dúvida, um dos grandes pecados do concurseiro.

Pense nisso. E considere a possibilidade de começar a ler os manuais de instrução.

Abraço e bons estudos!

Ricardo Resende
Twitter: @ricardotrabalho

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