Caro colega concurseiro,
Na última semana criei uma promoção, pela qual sortearei um exemplar do Direito do Trabalho Esquematizado aos amigos do Direito do Trabalho Aprova, do Twitter e do Facebook. As regras estão aqui (a propósito, se você ainda não está participando, ainda pode fazê-lo; o sorteio será no próximo dia 7 de setembro).
As referidas regras para participação na promoção foram criadas com duas finalidades: a) divulgar o livro, é claro; b) fazer uma espécie de “pesquisa de campo” que servisse de pano de fundo para o assunto que será tratado neste artigo.
Com efeito, embora as regras estabelecidas para participação na promoção sejam simples, muitos dos postulantes ao livro simplesmente as ignoraram. Talvez, como de hábito, a maioria tenha feito uma leitura “na diagonal” e corrido para responder logo...
Então eu te pergunto: você lê manuais de instrução? Sim, você lê o manual ao comprar um eletrônico novo, um carro novo, etc.?
Sei que a maioria não o faz. Entretanto, deveria fazê-lo. Isso porque o manual te ajuda, no mais das vezes, a extrair o máximo do equipamento. Se você compra, por exemplo, uma câmera fotográfica DSLR, certamente conseguirá tirar algumas fotos “no verdinho” (automático), sem sequer olhar para o manual de instruções. Não obstante, para simplesmente tirar fotos assim você poderia comprar uma câmera compacta automática, por ¼ do preço, ou menos.
Tá bom, e o que tudo isso tem a ver com concursos (?), você deve estar se perguntando...
Tudo a ver.
Qual é o seu desafio em um concurso?
Em primeiro lugar, estudar, planejar e desenvolver uma preparação adequada, organizada e eficiente. Para que o planejamento seja correto, o candidato deve começar pela leitura atenta do manual de instruções do concurso, isto é, do edital. Quem não lê o edital dá a largada com o freio de mão puxado, pois sequer saberá se orientar para um planejamento minimamente viável até a data da prova.
O segundo aspecto é a dica de ouro: você deverá atender aos comandos da banca examinadora! O enunciado da questão é a regra do jogo, é o manual de instruções do concurso público (ao lado do edital, que você também deve dominar, repita-se).
Se o examinador te perguntou, por exemplo, quais são os direitos constitucionalmente assegurados aos empregados domésticos, de nada adiantará você saber todos os direitos assegurados pela Lei nº 5.859/1972.
Assim, é fundamental que o candidato se guie pela regra imposta pela banca, ou seja, pelo enunciado da questão.
Esqueça o famoso “E SE”, pois SE a banca tivesse querendo algo mais além do que está escrito ela teria especificado isso no enunciado da questão ou, na pior das hipóteses, na redação das assertivas. O que não está no enunciado não deve ser levado em conta. Faça o simples!
Isto vale tanto para provas objetivas quanto para discursivas. É muito comum, nestas últimas, o candidato chegar louco para demonstrar o quanto estudou, escrever tudo que lhe vem à cabeça sobre o assunto, e simplesmente se esquecer de responder objetivamente àquilo que o examinador perguntou. Este é, sem dúvida, um dos grandes pecados do concurseiro.
Pense nisso. E considere a possibilidade de começar a ler os manuais de instrução.
Abraço e bons estudos!
Ricardo Resende
Twitter: @ricardotrabalho
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